MODERNISMO
No inicio do século XX a população
vivenciava um progresso até então desconhecido. A vida moderna trazia muitos
avanços científicos e tecnológicos e junto a eles uma nova perspectiva começava
a se formar. A Revolução Industrial trazia suas fabricas, maquinas e ferrovias
expandindo os centros urbanos, ou seja, a vida não era a mesma. Simultaneamente
o mundo encarou a 1° Guerra Mundial que mesmo depois de findada deixou muitas
mudanças para trás.
Após a Guerra o mundo iniciava sua
mudança, começando a romper muitas ideias antiquadas e as novas perspectivas se
tornavam um movimento conhecido como Modernismo, movimento este que afetou a
arquitetura, literatura, pintura, escultura, musica, teatro e outras áreas
artísticas. Quando a modernidade começou a se fazer notar criou-se uma ruptura
no modo de vida ultrapassado e começou a se vislumbrar a criação de uma nova
cultura. Os destroços da guerra fizeram com que se percebesse a necessidade de
se reinventar e progredir.
MODERNISMO NA LITERATURA
O Modernismo se opunha ao antiquado, focando na
criação livre se desvinculando das regras e delimitações de antigos
movimentos. A primeira mudança vem com a
liberdade de expressão, o autor não deve seguir nada além do seu próprio “eu”,
pois o individualismo começa a ser característica marcante na sociedade, e
consequentemente, assuntos corriqueiros e cotidianos são incorporados à
literatura. Os textos não descrevem, com em outrora, apenas grandes feitos, e
sim a vida diária, pois junto ao individualismo se nota que tudo é objeto
literário. A estética utilizada na literatura também se renova; o poeta se
torna livre na métrica poética e até a rima, ponto marcante, começa a ser
desconstruída.
PRÉ-MODERNISMO
O pré-modernismo foi o período de
transição entre as antigas correntes literárias para o novo movimento, ainda em
construção. O período iniciou através de vanguardas europeias (do
francêsavant-garde; batalhão militarque precede as tropas de ataque, ou seja,
que “está à frente”) que se popularizaram com suas atitudes colocando-se a
frente deste grande movimento, atitudes essas que causaram muita polemica, pois
o intuito era romper com as tradições antigas no que se referia à Arte em geral
e introduzir uma nova perspectiva que se opunha ao tradicionalismo, deixando de
ser mera reprodução do que já existia dando oportunidade para novos processos
criativos.
MODERNISMO EM PORTUGAL
O Modernismo se difundiu rapidamente na Europa, e
chegou a Portugal, que encarava uma crise pós-guerra, o marco inicial foi a
publicação da revista Orpheu, em 1915, influenciado pelos movimentos
Modernistas espalhados pela Europa, como o Cubismo, Futurismo e Surrealismo.
Essa primeira fase se intitula
Orfismo, visto que o pontapé inicial veio da revista
Orpheu.
Seguindo os vanguardistas europeus a revista era a voz que rugia as ideias do
novo movimento. Inspirados pelo saudosismo de Teixeira de Pascoaes no
pré-modernismo e os movimentos europeus, a revista era um projeto
luso-brasileiro, e embora tivesse apenas duas publicações, foi um grande marco
no Modernismo Português. Grandes nomes como Fernando Pessoa, Mário de
Sá-Carneiro, Almada-Negreiros, dentre outros, ficaram conhecidos como geração
d’Orpheu por suas contribuições. Um grande foco da época era o de escandalizar
os burgueses como muita irreverencia, ironia e inteligência.
A
segunda fase Modernista se inicia em 1927, com a publicação da revista
Presença, que deu origem ao nome da fase do Presencismo. Essa nova geração
rejeitava as propostas radicais do Orfismo buscando ser mais neutra em âmbito
social e político e mais focada na estética artística. Na literatura
portuguesa, a revista Presença (de José Régio e João Gaspar Simões) era vista
por alguns como “a contrarrevolução do modernismo” e, por outros, como “um
segundo modernismo”. A Literatura era muito mais voltada ao individualismo se
esquivando dos problemas sociais e voltando-se ao Psicologismo, além da forma
estética da escrita. Seus principais representantes foram: José Régio, João
Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca.
O
terceiro movimento, o Neo-Realismo, começou em 1940 sendo muito influenciado
por brasileiros. Diferente da fase do Presencismo, o Neo-Realismo tinha um
cunho muito social, deixando um pouco daquela subjetividade individual e se
consolidando como denuncia social. A fase foi muito conturbada uma vez que a
2°Guerra Mundial acontecera e abria ainda mais as fronteiras para uma
Literatura mais social. Essa nova fase era diferente do Presencismo que
propunha “a arte pela arte”, pois via na Literatura uma ferramenta
histórico-social importante, capaz de ajudar nas desigualdades sociais.
O
lançamento de “Gaibéus” de Alves Redol foi o marco do movimento, por ser a
primeira obra a expor a luta pela sobrevivência dos gaibéus, trabalhadores
rurais de Portugal. Os escritores da época eram jornalistas, e por isso, uma
das características do Neo-realismo é a linguagem simplificada. Ferreira de
Castro, Carlos de Oliveira, Fernando Namora e Vergílio Ferreira são alguns dos
destaques da fase neo-realista.
No
Brasil ocorria um retrocesso político com a Ditadura, e nesse período a
Literatura Regionalista começou a se difundir e se fortalecer, sendo grande
marca dessa fase do Modernismo. Jorge Amado, Graciliano Ramos e José Lins do
Rego foram alguns dos autores brasileiros que voltaram-se a critica social da
situação com o intuito de conscientizar os leitores a respeito dessa diferença
social.
Depois de todos esses movimentos, a
literatura portuguesa já se mostrava rica e bem diversificada. Várias revistas
literárias surgiram, como por exemplo, Cadernos do meio-dia e Árvore. O legado
criado pelos movimentos do Modernismo deixou marcas inesquecíveis, que são
seguidas por escritores contemporâneos até os dias atuais. José Saramargo,
escritor português com um enorme publico no Brasil, é um dos exemplos. Suas
obras se destacam pela originalidade e pela maneira de reconstruir velhos
conceitos. Em 1998 Saramargo se torna o primeiro escritor de língua portuguesa
a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura.
No Brasil temos Rubem Fonseca, Dalton Trevisan, Chico Buarque e outros,
que abraçaram o Modernismo que pode ser encontrado até hoje nos detalhes da
vida moderna.
REFERÊNCIAS
PEREIRA,
Helena Bonito. Toda a Literatura Portuguesa e Brasileira. São Paulo: FTD, 2000.
FARACO,
Carlos Emílio e MOURA, Francisco Marto. Língua e Literatura. São Paulo: Ática,
1999.
JONATHAS DE ALMEIDA RA: 3708616030
KEILA COUTINHO RA: 4210811720
PAMELA BUSTAMANTE RA: 4200063345
Foi achei muito interessante a postagem porem senti a falta de mais coisas sobre Fernando Pessoa pois ele é considerado um dos dois mais importantes poetas portugueses ao lado de Camões
ResponderExcluirSabrina Lemes de Souza 4200063387
Tentamos focar mais no movimento que foi o Modernismo que em seus autores, embora tenhamos mencionados alguns não nos aprofundamos nessa síntese, pois tal abordagem mereceria um outro trabalho de cunho mais biográfico. Jonathas Almeida 3708616030
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