ARCADISMO
- BOCAGE E MOVIMENTO NO BRASIL
Este movimento literário foi uma oposição ao barroco em relação à religiosidade da época, buscando deixar em evidência o estudo científico e valorizá-lo. O Arcadismo se inspirou no Classicismo e lutava para que o povo fosse mais racional e livre. Por esse motivo ficou conhecido também como Neoclassicismo.
A mudança no pensamento, onde as pessoas
saíam da ignorância e do obscuro e eram iluminados pelo respeito ao próximo e à
humanidade, pela razão e também pela ciência, isso refletiu na forma das
pessoas viverem, o que foi chamado de Iluminismo, “Século das Luzes”, XVIII.
Mas, o nome Arcadismo, vem de Arcádia que é a
região onde viviam os pastores na mitologia grega, lá eles se doavam à arte e à
poesia e consideravam uma vida perfeita.
-Bucolismo:
valorização da natureza, eu lírico como pastor, o uso de pseudônimos;
-Amor
tranquilo;
-Universalismo:
citação de situações do cotidiano, de acontecimentos em comum;
-
Personagens mitológicos;
-Linguagem
simples.
Arcadismo em Portugal e no Brasil
O
Arcadismo em Portugal se deu com a fundação da Arcádia Lusitana, em 1756.
O principal representante foi Manuel Maria Barbosa de
Bocage, conhecido como maior poeta português do século XVIII, escreveu
poesias líricas, eróticas e satíricas, entre outras. Depois, suas poesias
ficaram conhecidas como pré-românticas, pois possuíam características do
romantismo, foi o final do período, conhecido como a segunda fase das poesias
dele, e após viria o Romantismo, por isso se deu esse nome.
No Brasil o Arcadismo
se manifestou na busca de resgatar o racionalismo e o equilíbrio do Classicismo
do século XVl como maneira de combater a influência do Barroco.
Outro poeta de destaque
do período foi Tomás Antônio Gonzaga que escreveu a obra “Marília de Dirceu” e
“cartas chilenas”, também teve papel importante como juiz de Vila Rica e como participante
da inconfidência Mineira. O período arcaico no Brasil teve vigência até 1836.
Portugal procurava o
equilíbrio econômico e dessa forma explorava suas colônias, e a economia
brasileira estava voltada para a mineração no estado de Minas Gerais. Mas
aconteceu que o minério começou ficar raro e Portugal cobrava altos impostos de
seus colonos. Assim, o Brasil quis se ver livre de exploração e
escravidão. As Revoluções Industrial e
Francesa influenciaram revoluções e revoltas no mundo inteiro, uma delas foi a
Inconfidência Mineira e que envolveu escritores como , Cláudio Manoel da Costa,
Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e também José Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes.
A maioria dos escritores
deste período são mineiros e suas obras são voltadas as cidades históricas como
Vila Rica.
Vejamos
o fragmento de um poema de 1792 em que o poeta Tomás Antônio Gonzaga se inspira
em Marília:
Lira II
Pintam, Marília, os poetas
A um menino vendado,
Com uma aljava de setas,
Arco empunhado na mão;
Ligeiras asas nos ombros,
O tenro corpo despido,
E de Amor ou de Cupido
São os nomes, que lhe dão.
Os
personagens mitológicos reaparecem, tanto na literatura quanto nas artes.
Marília
também foi uma das musas do poeta português Bocage, que escreveu o seguinte soneto:
Já se afastou de nós o Inverno agreste,
Envolto nos seus úmidos vapores;
A fértil Primavera, a mãe das flores
O prado ameno de boninas veste.
Varrendo os ares, o sutil Nordeste.
Os torna azuis; as aves de mil cores
Adejam entre Zéfiros e Amores,
E toma o fresco Tejo a cor celeste.
Vem, ó Marília, vem lograr comigo
Destes alegres campos a beleza,
Destas copadas árvores o abrigo.
Deixa louvar da corte a vã grandeza:
Quanto me agrada mais estar contigo,
Notando as perfeições da natureza!
A
figura feminina reaparece cheia de perfeição e detalhes em seus traços, a vida
urbana não tem muita importância, já a natureza volta a ser vista
de maneira harmoniosa e desse cenário os namorados participam.
No
Arcadismo deixam-se de lado os conflitos e vive-se a tranquilidade.
Marília,
a quem se refere Tomás Antônio Gonzaga (ele se refere tanto a ele quanto a ela,
como pastores), morava em Vila Rica, atual Ouro Preto. Era uma característica
da época. Ele era advogado e ela morava nesta mesma cidade. Os poetas tinham o
costume de se referirem e a outras pessoas como pastores para exaltar a
natureza.
Outros
autores que também tiveram destaque foram: Frei José de Santa Rita Durão, Basílio da Gama e Silva
Alvarenga.
BOCAGE
“Magro, de olhos azuis, cara moreno,
Bem servido de pés, meão de altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio e não pequeno;
Devoto
incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E
somente no altar amando os frades.”
Nos versos citados,
ficou claro um aspecto marcante da vida e da obra do autor: “Devoto incensador
de mil deidades”, isto é, bajulador ou conquistador de mil moças.
Bocage não apenas
teve inúmeras aventuras amorosas, como também fez a mesma rota e teve quase as
mesmas experiências que Camões, se incorporando em companhias militares,
lutando na guerra, naufragando, amando mulheres, sendo preso e por fim morreu
na miséria. Ele mesmo tinha consciência
de sua similaridade com a vida de Camões e deixo isso claro ao escrever:
Acho teu fado ao meu, quando os cortejo!
Modelo meu tu és...Mas, oh tristeza!...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos
dons da natureza.”
REFERENCIAS
http://www.brasilescola.com/literatura/arcadismo.htm,
acesso em 21/9/13.
http://www.brasilescola.com/literatura/arcadismo-brasil.htm,
acesso em 21/9/13.
http://www.citador.pt/poemas/,
acesso em 21/9/13.
https://www.google.com.br/a+game+of+hot+cockles,de+Fragonard,
acesso em 21/9/13.
https://www.google.com.br+banho+de+diana+boucher,
acesso em 21/9/13.
http://www.google.com.br/bocage.jpg,
acesso em 21/9/13.
http://www.infoescola.com/literatura/arcadismo/, acesso
em 21/9/13.
http://www.soliteratura.com.br/arcadismo/,
acesso em 21/9/13.
http://br.bing.com/images/search?q=imagens+de+Bocage&id=8955A83BF83D9C6B93CDA35AE4853A4BBDD06357&FORM=IQFRBA#view=detail&id=8955A83BF83D9C6B93CDA35AE4853A4BBDD06357&selectedIndex=0,
acesso e 21/9/13.
http://br.bing.com/images/search?q=imagens+ARCADISMO&qpvt=imagens+ARCADISMO&FORM=IGRE#view=detail&id=76F7AFC762721551372DADBE41D4E37DBE4DC8E7&selectedIndex=2,
acesso em 21/9/13.
Alunos:
JOSÉ ERIVANO DE OLIVEIRA 4200063269 ROBERLÂNIA DE ALMEIDA BORGES MUNIZ 5202933778
ROSANGELA BORGES DOS SANTOS 5202933793
VIVIAN CASAGRANDE DOS SANTOS 5212964802
JOSÉ ERIVANO DE OLIVEIRA 4200063269 ROBERLÂNIA DE ALMEIDA BORGES MUNIZ 5202933778
ROSANGELA BORGES DOS SANTOS 5202933793
VIVIAN CASAGRANDE DOS SANTOS 5212964802
O Arcadismo em Portugal teve como protetores o Marquês de Pombal e o Padre Luis Antônio Verney. Com a crítica aos exageros do Barroco e o ideal de renovação cultural em 1756 foi fundada a Arcádia Lusitânia sob o lema Inutilia Truncat " Cortar as inutilidades", para promover o debate e a avaliação sobre criação artística bem como facilitar a produção e publicação. O gênero literário predominante foi a Poesia Lírica sem excluir outras manifestações artísticas. Vale citar os principais autores lusitanos! Na poesia: Cruz e Silva, Correia Garção, Filinto Elísio, Bocage. Na prosa: Luis Antônio Verney e Correia Garção. No teatro: Cruz e Silva, Correia Garção, Reis Quita e Manuel de figueiredo.
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